Ao dar uma olhadinha no livro de Literatura Brasileira que peguei na biblioteca, deparei-me com uma boa análise dos poemas do Drummond. Transcreverei três poemas dele que estão no livro, mais antes, comentarei um pouquinho os três. Aviso: não farei crítica literária, não é a minha intenção.
O primeiro é "Cidadezinha Qualquer". Se alguém souber o livro de onde o poema foi retirado, agradeço, e mando um pedaço de bolo de chocolate. Desde a primeira vez que o li, foi inevitável lembrar de Esmeraldas, ou melhor, Esmerroça, cidadezinha onde a Vanessa (Ilirïa) trabalha e vive. Pois bem: Van, esse poema é para você, de mineiro para mineiro, e saiba que a descrição do cidadão esmeraldino ficou hilária!!
Obs: Drummond é mineiro de Itabira. Ele também fez um poema sobre a cidade natal dele, chamado Confidência do itabirano. Qualquer dia posto o poema aqui.
Cidadezinha qualquer
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
O segundo, é "As sem - razões do amor". Está no livro "Corpo", de 1984. O poema mostra que o amor não possui motivações nem explicações complexas. Amor é amor e pronto,acabou. Acho que ele devia ser obrigatório em repertório de menino romântico que começa a namorar, juro que me derreteria se alguém recitasse este poema para mim. E ficaria mais feliz se o sujeito, depois de recitar o poema, me desse o Álbum Branco dos Beatles de presente.
Obs. irrelevante (ou não): hoje é dia dos amantes!
As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuca nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
O último é o clássico "Mãos dadas". O Drummond o escreveu durante uma época conturbada, nos anos 40. O poema possui um tom meio pessimista, mas, no fundo, mostra que quando as pessoas unem-se, vencem qualquer coisa. A segunda estrofe é anti-escapista, fala que, por mais que esta vida seja uma bosta, ainda existem coisas boas e vale a pena viver.
Não tem nada a ver com o poema, mas lembrei agorinha de um pedaço de "Natália", da Legião Urbana: "Aescuridão ainda é pior que esta luz cinza/ Mas estamos vivos ainda".
Bem, vamos ao poema:
Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paiasagem vista da janela,
nãos distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Uma dúvida: não sei se este poema é do livro "Sentimento do Mundo" ou" A rosa do povo". Um pedaço de bolo para quem me der a resposta.
Melhor parar por aqui. Hoje é dia de supermercado. Um abraço a todos.
Ps: Dona Clauss, trate de abandonar esta tristeza. Sorria, porque a vida ainda é bela.
quarta-feira, setembro 22, 2004
segunda-feira, setembro 20, 2004
Insônia e vestibular
Uhu!!! A Rede Globo resolveu ser legal com os insones!!! Ontem, passou "Quase Famosos" na Sessão de Gala! Pena que vi só da parte da overdose da Penny Lane até o final. Até que não fiquei muito chateada, aluguei o filme há umas semanas atrás.
Mudando completamente de assunto, farei vestibular mais uma vez. Alguns que me conhecem, perguntarão: "ela não fazia Engenharia?". Pois eu digo: verbo muito bem empregado; fazia, agora não faço mais. Resolvi trancar porque não aguentava mais o crescente sentimento de cursar uma faculdade sem estar realmente gostando dela. Então, no final do 4° período, decidi que iria mudar de curso. Decidi por Comunicação Social, uma coisa que tem a ver comigo. Bizarro foi ver a reação do povo da UFRJ, parecia que ninguém acreditava no que eu falava. Meu ex-orientador acadêmico não gostou muito, mas o coordenador do curso me desejou boa sorte. Alguns amigos também me desejaram a mesma coisa. Minha mãe, de certa forma, está me dando muito apoio, mas meu pai... Bem: meu pai, meio que fingiu um apoio, mais eu sabia que ele não concordara com a mudança. Pressentimento comprovado na última quarta feira, mais cedo ou mais tarde, ele soltaria um resmungo de contrariedade. Aliás, acho que ele está meio que torcendo o nariz porque as duas filhas dele prestarão vestibular para cursos de Humanas. Vai entender a cabeça das pessoas...
É engraçado. Os pais da gente que deveriam torcer para sermos pessoas honestas e não nos metermos em grandes encrencas, de repente querem um controle total das nossas vidas. Querem que sejamos aquilo que eles planejaram e não o que nós queremos. E se contrariamos os planos futuros deles, emburram, discordam e fazem cara feia ou chantagem emocional. O jeito é não ligar para os muxoxos dos genitores e seguir em frente. Sei que todos eles abrem um sorriso enorme no dia da formatura, quando estamos de beca e com um diploma na mão. No fundo, no fundo, eles desejam apenas a nossa felicidade.
Opa! Melhor parar por aqui. Tenho que estudar Literatura agora.
Mudando completamente de assunto, farei vestibular mais uma vez. Alguns que me conhecem, perguntarão: "ela não fazia Engenharia?". Pois eu digo: verbo muito bem empregado; fazia, agora não faço mais. Resolvi trancar porque não aguentava mais o crescente sentimento de cursar uma faculdade sem estar realmente gostando dela. Então, no final do 4° período, decidi que iria mudar de curso. Decidi por Comunicação Social, uma coisa que tem a ver comigo. Bizarro foi ver a reação do povo da UFRJ, parecia que ninguém acreditava no que eu falava. Meu ex-orientador acadêmico não gostou muito, mas o coordenador do curso me desejou boa sorte. Alguns amigos também me desejaram a mesma coisa. Minha mãe, de certa forma, está me dando muito apoio, mas meu pai... Bem: meu pai, meio que fingiu um apoio, mais eu sabia que ele não concordara com a mudança. Pressentimento comprovado na última quarta feira, mais cedo ou mais tarde, ele soltaria um resmungo de contrariedade. Aliás, acho que ele está meio que torcendo o nariz porque as duas filhas dele prestarão vestibular para cursos de Humanas. Vai entender a cabeça das pessoas...
É engraçado. Os pais da gente que deveriam torcer para sermos pessoas honestas e não nos metermos em grandes encrencas, de repente querem um controle total das nossas vidas. Querem que sejamos aquilo que eles planejaram e não o que nós queremos. E se contrariamos os planos futuros deles, emburram, discordam e fazem cara feia ou chantagem emocional. O jeito é não ligar para os muxoxos dos genitores e seguir em frente. Sei que todos eles abrem um sorriso enorme no dia da formatura, quando estamos de beca e com um diploma na mão. No fundo, no fundo, eles desejam apenas a nossa felicidade.
Opa! Melhor parar por aqui. Tenho que estudar Literatura agora.
sábado, setembro 11, 2004
O que não pode acontecer num feriado
Depois da experiência terrível que tive neste último feriadão, resolvi listar algumas coisinhas que podem transformar um fim de semana prolongado em um pesadelo. Aí vão elas:
1- Engarrafamneto monstruoso para chegar ao seu destino final.
2- Dor de barriga massacrante no ônibus ou no carro. A situação piora quando você está a quilômetros do próximo posto de parada.
3- O carro enguiçar no meio da estrada.
4- Faltar água na casa no meio do feriado. Some isso a uma casa lotada e com pessoas que levam horas para tomar banho.
5- Ficar sem dinheiro no meio da viagem.
6- Passar mal durante o feriado inteiro.
7- Seus amigos brigarem no meio da viagem, deixando todo mundo chateado.
8- Chover durante o feriado inteiro e o tempo só melhorar quando se está indo embora.
9- Esquecer roupa de banho ou ficar menstruada e não poder ir à praia.
10- Perder a máquina fotográfica com todas as fotos ou pior que isto; na hora da revelação, as fotos não saírem.
Se alguém disser que não passou por, pelo menos, uma das situações acima, eu digo: você está mentindo.
Ps: Consegui fazer um post curtinho!!!!!
1- Engarrafamneto monstruoso para chegar ao seu destino final.
2- Dor de barriga massacrante no ônibus ou no carro. A situação piora quando você está a quilômetros do próximo posto de parada.
3- O carro enguiçar no meio da estrada.
4- Faltar água na casa no meio do feriado. Some isso a uma casa lotada e com pessoas que levam horas para tomar banho.
5- Ficar sem dinheiro no meio da viagem.
6- Passar mal durante o feriado inteiro.
7- Seus amigos brigarem no meio da viagem, deixando todo mundo chateado.
8- Chover durante o feriado inteiro e o tempo só melhorar quando se está indo embora.
9- Esquecer roupa de banho ou ficar menstruada e não poder ir à praia.
10- Perder a máquina fotográfica com todas as fotos ou pior que isto; na hora da revelação, as fotos não saírem.
Se alguém disser que não passou por, pelo menos, uma das situações acima, eu digo: você está mentindo.
Ps: Consegui fazer um post curtinho!!!!!
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