quinta-feira, julho 08, 2004

Gente e coisas

Semana passada, aconteceu um monte de coisas que me fez lembrar de algumas pessoas. Para falar a verdade, sempre acontece algo que faz alguém vir a cabeça, como ouvir música. Por exemplo: basta eu ouvir Ana Carolina, que eu lembro da Aretha, uma das meninas que pega o ônibus da faculdade comigo, cantando "Eu quero te roubar para mim...". Contudo, ela não é a única pessoa que me vem a cabeça ao escutar qualquer música. Metallica; recordo-me da minha irmã, Luciana. U2; lembro da minha ex-professora de Inglês, a Kátia e da Tatiana, outra menina que conheci no ônibus da faculdade (ela é louca pelo Bono Vox). Pearl Jam; lembro da Carol, uma amiga, e do meu primo Iñaki (na ceia de Natal no ano passado, estava tocando o cd "Live In Two Legs"). Na hora em que escrevia o rascunho deste post, ouvia "November Rain" do Guns'n Roses e , ao mesmo tempo, lembrei de um monte de gente e da minha viagem para Minas no final do 2° grau.
E não são só as músicas, mais também as coisas que eu faço. Na sexta passada, resolvi tomar um copo de mate no almoço, o que não fazia à muito tempo. Acabei por lembrar do Henrique (Pandatur), falando que nunca tinha tomado mate de copinho! (lembrei agora da Betina dizendo que não é muito fã de mate de copo). Toda vez que eu ia à biblioteca e pegava o livro de Física 1 (o do Moyses Nussenvieg, estou com a entraga de um atrasada) lembro do Max, cara super gente boa que pega o ônibus comigo. Passei o fim de semana fora de casa e onde estava, tinha um gato siamês. Lembrei da Cíntia, que tem quatro gatos em casa, sendo que dois são siameses. Videokê (cantei em um no domingo); o antigo bairro onde morava. Todas as vezes que passo pela Barra; minha mãe, que detesta aquele lugar. Acabo de lembrar do Alf também, que disse uma vez: "Fronteira do Rio de Janeiro é a Estrada do Joá." Bolo de chocolate; a Aline e a Andréia, que amam o bolo que a minha mãe faz.
Se eu continuar a relação entre coisas e pessoas, este post vai ser maior, é que veio mais gente na mente. Mas será que alguém lembra de mim quando faz ou diz algo?



Estou lendo Fernando Pessoa novamente. É um autor genial, terminei de ler os poemas de um dos heteronômios dele, Alberto Caeiro. Bem, no livro que estou lendo, vêm os poemas do Ricardo Reis, outro heteronômio dele. E segundo a biografia dele criada pelo Pessoa, o cara viveu no Brasil. Sabendo disso, fiz uma associação bizarra, que resultou em uma paródia de um trecho de um poema do Arcadismo (se não sabem o que é Arcadismo, tratem de pegar os livros de Literatura). Sigam o tosco raciocínio: o estilo dos poemas do Ricardo Reis era um pouco paraceido com o de um poeta arcadista (se bem que o estilo do Alberto Caeiro é mais bucólico); o primeiro poeta arcadista que veio à mente foi o Tomás Antônio Gonzaga. O sujeito escreveu um livro de poemas chamado "Marília de Dirceu". Marília rima com Brasília, e tem um Dirceu lá; o José Dirceu, ministro da Casa Civil. No final, saiu uma paródia com os dois primeiros versos da Lira I, 1° estrofe que ficou assim:

Brasília do Zé Driceu

Eu, em Brasília, não sou nenhum banqueiro.
Que viva de pedir ou roubar dinheiro alheio.

Depois dessa, Tomás Antônio Gonzaga deve ter dado piruetas no túmulo. Mas para quem escreveu um poema crítico na época, até que ele deve ter rido um pouquinho lá em cima.



Em tempo: falei em videokê e esqueci de dizer que cantei "Imagine" 4 vezes (no fim de semana) e tirei a nota máxima em todas elas.

Nenhum comentário: