No intervalo dos estudos para mais um vestibular, sempre leio algum livro. Mania de leitura tenho desde criança, a coisa ficou séria depois dos 14 anos. Foi quando li Fernando Pessoa pela primeira vez. Reli no ano passado, achei maravilhoso, mais do que aos 14 anos. Era como se observasse um mesmo prisma, mas sob uma luz diferente. (Quero lembrar onde ouvi algo parecido, mas não lembro agora). Deixemos o Pessoa de lado, estou aqui para falar, ops, escrever sobre os dois últimos livros os quais li e um terceiro, o qual ainda leio.
Antes, uma nota triste: não deu para ler o "Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos", do Rubem Fonseca. Acumulei leituras demais e este, infelizmente, risquei da lista.
O primeiro livro é "Lincha Tarado", do Dalton Trevisan. Conhecia-o através de um conto, chamado Quatro Bandidos. No início, achei o livro meio chato, repetitivo. Depois, percebi a grande sacada do autor; os contos interligam-se, mas de uma forma bem sutil. Saquei isso só no final do livro. Uma pena. Nos contos, o autor escancara, sem nenhuma vergonha, os pormenores da vida. Talvez este jeito de escancarar a vida foi a coisa da qual mais gostei no livro. Da próxima vez, relerei com mais atenção.
O outro livro é "O Livro da Selva", do Rudyard Kilping. Para quem não se lembra, é nele que está a história do Mogli. Sim, aquele mesmo do desenho da Disney. Antes de ler, pensava que o livro inteiro seria sobre ele. Na verdade, são só três contos sobre o Mogli. Os outros contam a história de uma simpática foquinha (A Foca Branca), de um mangusto que duela contra as cobras de um jardim (Rikki-tikki-tavi), da convivência de um menino com os elefantes (Toomai dos Elefantes) e dos animais que trabalham para o Exército Inglês na Índia (Servidores de Sua Majestade). Entre cada história estão canções relacionadas com cada uma delas. Algo bem diferente do que acontece nos livros de J.R.R.Tolkien (quem leu "O Hobbit sabe exatamente do que falo), onde as canções vêm no meio da história. Um trechinho delas inicia cada conto de "O Livro da Selva", como uma espécie de introdução.
Parecem ser histórias para crianças. E são para crianças. Contudo, o livro é capaz de fazer os adultos retornarem aos 10 anos de idade, quando tinham todo o tempo livre do mundo. Ao ler o livro, eu me senti assim. Sem contar o retorno da vontade de visitar a Índia. Para quem não sabe, grande parte das histórias se passa lá. Você até esquece dos esteriótipos dos indianos no livro (ele é da época do domínio britânico na Índia) quando mergulha na fantasia.
O terceiro livro é "As Cidades Invisíveis", do Ítalo Calvino. Falo mais sobre ele depois, quero curtir o gostinho de encantamento e do espanto que Kublai Khan sente quando ouve os relatos de seu embaixador Marco Polo...
quarta-feira, junho 29, 2005
sexta-feira, junho 17, 2005
Será o siso ou a idade?
Incrível. A gente só percebe que mudou quando tomamos algumas atitudes. Domingo passado, a equipe da gincana resolveu reunir-se. Chamadas de atenção aqui, outras broncas ali, até que eu resolvi falar. Falei sobre as pessoas não cumprirem as responsabilidades as quais assumem. Imagina só, logo eu, um dos seres mais irresponsáveis do planta, falando em responsabilidades? É, os tempos mudaram e eu também. Tomei noção das minhas obrigações, tento manter uma certa regularudade nos estudos e nas tarefas de casa. Meio difícil, mas vou levando. Contudo, é assim qu as grandes mudanças acontecem, a partir das pequenas. Quem sabe até o final do ano me tornarei uma pessoa mais séria?
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